Uma pesquisa do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) divulgada na última quarta-feira, 10 de agosto, revela que no primeiro trimestre de 2022, o Brasil tinha 726,6 mil estagiários. De acordo com os dados, essa quantidade representa um crescimento de contratos de estágio de 18,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A pesquisa de 2021 revelou que o Brasil tinha 707,9 mil estagiários. O sudeste foi a região do país com mais concentração registrada: 298,5 mil estudantes em programas de estágio, sendo São Paulo o estado com maior número – 138,8 mil. O estudo foi desenvolvido em parceria com a consultoria Tendências a partir da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Aumento de contratos de estágio em 2022 | motivos

A volta das atividades presenciais é apontada como o motivo do aumento do número de contratos de estágio em 2022. Isso é explicado porque nos últimos dois anos, 2020 e 2021, houve a instituição de decretos de medidas restritivas como recurso para evitar a propagação da Covid-19, o que levou a grande queda na quantidade de contratos de estágios.

A recuperação econômica em 2022, mais resistente comparada aos últimos dois anos, também é apontada como um dos motivos que levaram ao aumento do número de contratos de estágio em 2022. Foram considerados como estagiários para pesquisa, os trabalhadores que também estudavam, sem carteira assinada, e com idade maior de 16 anos, com contratos de até dois anos, além de trabalharem até seis horas por dia em ocupações pré-determinadas.

Estudantes estagiários reunidos e olhando o notebook.

Perfil dos estagiários

As atividades jurídicas foram as que mais apresentaram contratos de estágio, com 56,7 mil vagas em todo o país em 2021. Para o mesmo ano, as escolas dos ensinos infantil e fundamental contrataram 55,6 mil estagiários, enquanto a administração pública estadual, em atividades que excluem a educação, o número foi 46,4 mil contratos, e a nível municipal, 45,5 mil. Já a educação superior registrou 35,6 mil estagiários.

Com base na pesquisa, 40,4% dos estagiários são das classes D e E, que vivem em lares com renda domiciliar mensal de até R$ 3 mil. Já 37,7% dos contratados correspondem à classe C, com renda entre R$ 3 mil e R$ 7,2 mil. Compõe a classe B, com renda domiciliar mensal entre R$ 7,2 mil e 22,5 mil, os 17,9% dos contratados, enquanto 4% são da classe A, com famílias com renda acima do último valor.

Qualificação profissional | bolsa de estudo

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Fonte : educamaisbrasil